segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pitta na Política

A morte de Pitta foi por conta de muita pressão, audiência, processos e em fim, quando nós somos submetidos a processos penais é triste a angústia, o que vamos falarmos para nos defendermos, pessoas e mais pessoas acusando e é doloroso mesmo e, a mente não suporta e o organísmo reage mesmo, podendo aparçerem várias doenças ou agravar a situação de saúde e não é nada bom para cidadão nenhum, em qualquer que seja a situação ou de réu ou vitima.
Celso levou para o Túmulo vários segredos, de pessoas influentes que o coagiu no Poder, as falcatruas, os demandos e as pressões são enormes e, de muitos nomes que vai de vários escalões da alta sociedade Paulista. Um cargo para um, um benficio para outro e assim, o Celso se encheu de dividas para com a Justiça e, pouco ele abriu a boca para falar a verdade, que só a Alma dele sabe...*+

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Para Refletir...

OS EFEITOS ESTATIZANTES SÃO MUITO GRAVES QUANDO OS GOVERNANTES ASSUMEM A PRESIDÊNCIA COM UMA ESPÉCIE DE MANDATO DE REFUNDAÇÃO DO PAÍS, BASEADO EM UMA VERDADE SUPERIOR!

1. Políticos do governo e da oposição coincidem num ponto: a lei de controle dos meios audiovisuais é um suporte estratégico dos Kirchner para a eleição presidencial de 2011. A distância da eleição e a proximidade dessas manobras mostram que a sucessão segue sendo um assunto traumático.  Essa sucessão tão distante está provocando um enorme desperdício de esforços quando se deveria estar tratando do federalismo, reforma tributária, política energética e da pobreza. Tudo está suspenso em nome da eleição presidencial de 2011. A impostação do temperamento hegemônico sobre o republicano de nossa democracia relega a um segundo plano o que é vital, enquanto se esquentam os motores das eleições presidenciais.
                    
2. Esse debate remonta a duas concepções dos séculos 18 e 19. Uma é o princípio da legitimidade do governo limitado: o monopólio mais perigoso é o monopólio dos governos. A lei deve ter a virtude suficiente para cortar as asas da concentração do poder, em especial do Estado. Outra é o princípio baseado na expressão majoritária da democracia, ou seja, o tenso contraponto entre o público e o privado, a soberania do povo, que se manifesta pela maioria, tem a faculdade de influir com energia sobre a opinião. A capacidade de síntese com que Perón resumia suas ideias é demonstrada nesta frase de 1951: "A preparação da opinião pública em um país soberano é parte da soberania que exerce o governo".  Em resumo: é a articulação estatal sobre os meios de comunicação, reduzidos a um aparato oficial de difusão.
                   
3. É difícil encontrar nas experiências concretas das democracias, uma circunstância na qual prevaleça absolutamente uma ou outra concepção.  Os comportamentos -privado e público- estão misturados. A dinâmica da imprensa privada, guiada pela inovação, conduz ao crescimento e a expansão. A dinâmica do poder do Estado conduz a aplicar regulações. Os efeitos estatizantes são muito mais graves quando os governantes assumem o cargo presidencial com uma espécie de mandato de refundação do país, baseado em uma verdade superior a de seus contrários. Daí a estabelecer que os meios de comunicação sejam fabricantes de uma consciência falsa no público, aplicada por seus proprietários, a distância é curta.
                    
4. Se as verdades são só aquelas que transmitem os governantes é lógico pensar que as imagens que circulam na sociedade sejam produto de um engano deliberado. Rompida esta membrana, a verdade do poder poderá refulgir sem intermediários, em um vinculo transparente com o povo que o elegeu. Os problemas explodem quando os governantes sofrem a inclemência de uma realidade que não se ajusta a esses esquemas. Nesta encruzilhada entre o que é e o que o poder supõe ser, se agita e estremece o ânimo por alcançar o triunfo eleitoral.  
                    
5. Há 60 anos já se dizia que a Argentina possui um sistema que não reconhece lealmente a derrota.  Esse sistema ainda persiste. A eleição parlamentar de junho traçou limites e mostrou a necessidade de pactuar políticas, mas a resposta do governo foi saltar para frente e desconhecer o que realmente ocorreu, agregando que esse resultado eleitoral foi apenas o produto das deformações instrumentadas pela imprensa. Com teoria semelhante, a vontade livre do povo e a autonomia da cidadania têm escasso valor. Esses atributos só são valiosos quando se acoplam à vontade do governante. Ainda há tempo de mudar esse rumo. Do contrário, nosso regime constitucional corre sérios riscos de empantanar-se depois de 10 de dezembro (posse dos novos parlamentares). Ruge o leão? Ou é tão só um gato encurralado que lança rugidos sem tom nem som?

Resumo do imperdível e fundamental artigo do politólogo e historiador argentino, Natalio Botana, no La Nacion (15). Os conceitos gerais se aplicam como luva ao Brasil de hoje.