segunda-feira, 26 de outubro de 2009

LIBERAÇÃO DO TRÁFICO DE DROGAS

IMORAL: GOVERNO FEDERAL QUER TRANSFORMAR TRÁFICO DE DROGAS EM PEQUENO DELITO!
1. O secretário de assuntos legislativos do ministério da Justiça declarou que até o fim do ano o governo proporá mudanças na legislação, de forma a livrar os pequenos traficantes da cadeia. Quem for flagrado vendendo pequena quantidade de drogas, estiver desarmado e não tiver ligação comprovada com o crime organizado, será condenado a penas alternativas.
            
2. Este Ex-Blog leu e releu a matéria, pois é difícil de acreditar. Como comprovar ligação com o crime organizado numa entrega em varejo ou delivery de drogas? O que são pequenas quantidades? No Rio, com exceção de algumas grandes "bocas de fumo", como Rocinha e Maré, a grande maioria delas é de pequeno porte e recebem papelotes e trouxinhas de repasse. Nesse caso, estará sempre enquadrado o fornecimento individual como pequeno traficante.
            
3. Os fornecimentos para consumidores de renda mais alta não saem com um caminhão distribuindo, mas fracionam e entregam apenas quantidades pequenas, até para manter o consumidor sob controle.
            
4. Essa medida, para o Rio, seria um desastre de grandes proporções, pois na prática estaria liberando o tráfico de drogas em 90% das situações. Espera-se que o Congresso arquive por inconstitucional, e mais que isso: por imoral.


Cesar Maia

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Abertura Econômica Já!

DÓLAR DERRETE EXPORTADOR

Espaço aberto para Alberto José Peliciolli, diretor financeiro de empresa de móveis em Flores da Cunha (RS): "Nossa empresa do ramo de móveis é 100%, mas com o dólar no patamar em que está é impossível continuar, sob risco de demitir nossos 330 funcionários e mandá-los para o seguro desemprego. Vamos teimando, ainda até o final deste ano.O governo não se dá de conta que estamos gerando empregos na China, na Índia? Precisamos urgente de uma banda cambial".

O professor Marcelo de Oliveira Passos, da Universidade Federal de Pelotas (RS), entra no assunto, sugerindo como evitar uma apreciação maior da taxa de câmbio real no médio e longo prazo: basta promover uma nova rodada de abertura comercial (importar mais para exportar mais).

Diz ele: "Mexer na política cambial é tarefa que requer um timing preciso, um sentido apurado de análise e uma perfeita noção de sintonia da política cambial com outras políticas que fazem parte da política econômica (políticas fiscal e monetária, sobretudo, e também as políticas externa e comercial)". Por isso, às vezes é "melhor manter a política cambial como está e refletir mais sobre a necessidade e as características destas alterações". Mas cabe uma proposta: "não seria melhor é influir indiretamente sobre a taxa cambial (incentivando as importações) que alterar a política cambial (como propõe alguns economistas)? O Brasil é uma das grandes economias mais fechadas do planeta. Quando sua taxa de câmbio ruma para uma apreciação excessiva, tem-se uma oportunidade de se fazer política comercial. Nesse sentido, prospectar mercados para nossos principais produtos e oferecer em troca a desoneração tarifária para produtos importados essenciais para a indústria brasileira (máquinas e equipamentos, tintas, alguns componentes eletrônicos, softwares etc.) pode ser mais eficaz para a estabilidade cambial no médio prazo do que o discutir e implementar mexidas na taxa de câmbio, controles cambiais etc".

Ampliar a corrente de comércio pode ser mais eficaz do que defender alterações na política cambial, afirma. Outro ponto importante a considerar: "Com o possível aumento da taxa Selic no curto prazo, é possível que ela tenda para um piso cada vez menor. Bom para o especulador cambial e péssimo para o exportador. Um aproveita as diferenças de preços entre ativos (o real e o dólar). O outro gera produto, emprego e renda."

Joelmir Beting

domingo, 18 de outubro de 2009

CUIDADO...

CHAVISMO POR AQUI?

CADA DIA MAIS , políticos brasileiros -ditos- de esquerda perdem a inibição de elogiar Chávez. Um dos elementos da estabilidade política brasileira foi o PT na Presidência da República e o exercício do poder dentro das regras do jogo.

O PT tem dois vetores. De um lado, o sindicalismo, social-liberal por natureza, na dialética empregado-empregador, e pela sólida posição da CUT em sindicatos de bens duráveis de consumo, não estatizáveis. Em crises, reduzem-se os impostos. Do outro lado, a esquerda -dita- de origem revolucionária, que controlou a direção do partido até o "mensalão", quando caiu, arrastando a anterior. A partir daí, os sindicalistas assumiram a direção do partido.

O comando do PT pelo sindicalismo e a presença hegemônica em postos-chave do governo, do presidente aos fundos de pensão, conselhos do FGTS e do FAT, são um duplo poder. O Bolsa Família caiu como uma luva por sua marca social-liberal de igualação do ponto de partida. Com isso, associa a distância sindicalismo e marginalizados.

Aliás, a transposição de líderes sindicais a dirigentes partidários foi criticada por Lênin em seu "O Que Fazer" (1902). E Marx e Engels nunca integraram os marginalizados ao proletariado e repetiam que o lumpemproletariado era a massa de manobra do capital ("Manifesto", 1848).

Os poderes, partidário e governamental, assumidos pelos sindicalistas da CUT, do ponto de vista da estabilidade política, não gera riscos, por sua natureza social-liberal. Porém, como forma de sinalizar aos militantes do PT um sentido tático nas ações de governo, usa-se a política externa em relação ao hemisfério Sul. Por sorte, Chávez radicalizou na frente, e a parte visível da política externa brasileira foi a moderação do presidente. Por mais sinais chavistas dados pelo co-chanceler-sul, o Brasil foi empurrado para o centro por Chávez.

Quando Lula indicou uma candidata da -dita- esquerda revolucionária para presidente, criou uma sensação de descontinuidade no caso de vitória. Mas os meses foram mudando essa sensação, e veio um certo alívio. Até a informação de que o coordenador-geral da sua campanha será o co-chanceler-sul, ostensivamente mesclado ao chavismo.

O desdobramento pós-eleitoral dos coordenadores-gerais de campanha é sempre uma posição destacada no governo (Sergio Motta, Dirceu-Palocci). Dessa forma, o que se pode esperar dessa decisão, de proximidade orgânica com o chavismo, é a certeza disso, e desde agora. Uma notícia preocupante para os que têm a democracia como estratégia, e não só como tática.

Blog Democratas

sábado, 3 de outubro de 2009

A Bagunça continua no MST

Onyx: Governo impede investigação de repasses ao MST

O governo pressionou e conseguiu que integrantes da base aliada da Câmara retirassem as assinaturas necessárias para a criação da CPMI do MST, com o objetivo de investigar o repasse de recursos públicos ao MST e outras entidades. Dessa forma, o número de apoio à criação da comissão fechou em 168, ou seja, três a menos do que o necessário. "Houve uma pressão fortíssima do governo sobre os deputados da base para que eles retirassem a assinatura. Essa manobra mostra que existe um conluio entre o MST e o governo Lula", declarou o deputado e autor do requerimento de instalação da comissão na Casa, Onyx Lorenzoni (RS). "Lamentavelmente por meio dos favores do rei muitos rasgaram o seu compromisso com o agronegócio e com o povo brasileiro. O futuro desses políticos será julgado nas urnas do ano que vem", acrescentou. O deputado declarou que a busca de assinaturas não está encerrada e que os deputados vão apresentar um novo pedido de abertura da CPI.


Democratas