quarta-feira, 14 de setembro de 2016

SEGUNDO TURNO: Crivella e mais um!


Os candidatos a prefeitura do Rio de Janeiro estão preocupados com ascensão do Pedro Paulo, ficam batendo o tempo todo na tecla do episódio que ele viveu com a sua ex-mulher. Fiquem calmos, o candidato só ganha se for para o segundo turno das eleições concorrendo com o candidato Marcelo Crivella, ele não tem a menor condição de ganhar disputando com Carlos Roberto Osório ou Jandira Feghali. 

Já foi comprovado que todo candidato que usa a religião como trampolim fica prejudicado, o nível de rejeição aumenta drasticamente, isso ocorre em todo Brasil. E Marcelo Crivella tem isso em sua essência, será eternamente associado com a igreja Universal. Por esse motivo, terá dificuldade para ganhar os votos de pessoas de outras religiões. Começa a campanha bem, mas gradativamente vai perdendo espaço para os demais concorrentes. É quase certo de passar para o segundo turno, ganha fácil do Pedro Paulo, e perde para os demais. 

A esquerda apresentou três candidatos, somente um tem condições de passar para o segundo turno: Jandira Feghali, é a única candidata que pode fazer frente, possui um discursos incisivos, uma chapa mais consistente, um vice (Edson Santos) forte e campanha mais voltada para os jovens. Marcelo freixo por outro lado, encontra-se fraco nessas eleições, parece que a ficha ainda não caiu, não conseguiu se entrosar no "jogo", militância fraca e participações apagadas em debates políticos. Já o outro candidato, Alessandro Molon, não sabe se fica em Brasília como deputado ou participa da campanha, ele até vai bem nos debates da TV, entretanto, peca por não estar presente nas ruas. 

Índio da Costa é iniciante, precisa de mais amadurecimento eleitoral, parar de falar besteiras e ser mais prático. Quer passar uma imagem de renovação, mas não consegue. A camisa estilo Steve Jobs não caiu bem nos debates e tudo indica que será mais um aventureiro nestas eleições. 

O pior candidato é Flávio Bolsonaro. Fica o tempo todo na sombra do pai, apresenta propostas que fogem da alçada da prefeitura, não tem simpatia do público.

Com isso, sobrou para o Osório a responsabilidade de guiar e ditar o rítio das eleições. Não é o candidato mais apropriado, pertence ao PSDB, partido no qual possui um índice de rejeição muito grande na cidade, porém, vem apresentando ideias que estão agradando a população, a simpatia e carisma também estão sendo um fator positivo. Precisa de mais divulgação, percorrer a cidade no corpo a corpo e tentar se desvincular  da imagem negativa do atual prefeito. 

Não é bola cristal, mas existe 80% de chance!

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A volta da violência

Ontem o bicho pegou no morro do Turano no Rio Comprido, muitos tiros sendo disparados numa região que foi pacificada pelo Estado. Isso mostra que o formato das UPPs precisa urgentemente de ajustes. Muitas comunidades estão abandonadas e estão sofrendo com a volta da violência. A secretaria de segurança não confirma, porém, foi deslocado um grande efetivo de policiais para regiões turísticas da cidade. Por outro lado os policiais estão trabalhando desmotivados, sem a certeza do pagamento de salário em dia. 

A ideia da UPP é super válida, o problema é que o próprio Governo do Estado abandonou o projeto inicial e vinha tendo uma concepção muito positiva por parte da população, muitos empreendimentos imobiliários surgiram com a chegada das UPPs. A presença dos policiais nos morros é importante, entretanto, o desenvolvimento social tem vir logo em seguida,  só assim a localidade será de fato conectada com a cidade. As comunidades são marginalizadas na grande maioria das vezes devido a ausência do Estado, as pessoas que vivem ali se sentem num lugar a parte, falta saneamento básico, aérea de lazer e a desordem urbanística reina nessas localidades.

A população respeitava os policiais no início, agora, o tráfico já tomou conta novamente. Voltaram a desfilar com os fuzis, e pior, na frente das UPPs. Os policiais perderam o "glamour" e estão trabalhando desmotivados e com medo. As péssimas condições de trabalho já foram denunciados diversas vezes pelos jornais, alojamentos precários e sem água. Sem dinheiro para reformas e ampliação, o Estado confirma os problemas, mas nada faz para melhor essa situação. 

Até quando vamos continuar nessa situação?