Fidel Castro diz apoiar políticas de Raúl para melhorar situação de Cuba
O ex-ditador cubano Fidel Castro disse hoje a um líder comunista chinês que apóia os "esforços" de seu irmão mais novo e líder de Cuba, Raúl, para aumentar a produtividade do trabalho, da economia e da produção agrícola, segundo comunicado oficial.
"Fidel avaliou os esforços da direção da revolução e, particularmente, do companheiro Raúl quanto à unidade, à produtividade do trabalho, ao aumento da produção agrícola e à economia, que são de grande importância", diz a nota divulgada pelo governo da ilha.
No sábado, no segundo de três artigos nos quais criticou a União Européia depois de esse bloco ter retirado as sanções impostas ao governo cubano em 2003, Fidel afirmou que não lidera uma "facção ou grupo" e que não existe uma divisão no Partido Comunista de Cuba.
O líder revolucionário, que completará 82 anos em 13 de agosto, se reuniu hoje com o secretário de Controle Disciplinar do Comitê Central do Partido Comunista da China, He Guoqiang, a quem disse que atualmente se dedica, sobretudo, a recolher informações, frisa o comunicado.
"O que eu faço? Coopero reunindo notícias e dados, fazendo análises sobre os problemas internacionais mais agudos, as quais forneço à direção do Partido e do Estado", comentou ao visitante, segundo o relato oficial.
"Disponho de tempo para recolher grande quantidade de informação, atividade à qual dedico quase todas as horas do dia", acrescentou o ex-líder, que continua sendo o primeiro-secretário do Partido Comunista, o único permitido na ilha.
O dirigente chinês é o quinto estrangeiro a ser recebido por Fidel Castro este ano e o único que não é chefe de Estado, depois dos presidentes latino-americanos Luiz Inácio Lula de Silva (Brasil), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Tabaré Vázquez (Uruguai).
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