O banco Santander espera para agosto a desvinculação do banco Real do ABN Amro. Segundo informou o presidente do Santander no Brasil, José Paiva Ferreira, está previsto para 31 de outubro a apresentação dos planos e do cronograma de incorporação do Real ao Santander no Brasil, dez meses depois que o negócio foi fechado."Estamos aguardando a autorização do Banco Central da Holanda para que o Real saia do ABN Amro.
A previsão é que isso ocorra até o final de agosto. A integração total dos dois bancos deverá ocorrer em três anos", informou Ferreira.Ele descartou ainda que os planos de incorporação do Real incluam a demissão de funcionários, como temem os sindicatos dos trabalhadores. Ferreira informou, inclusive, que há intenção de abertura de novas agências no país independentemente da fusão das duas operações."Não temos nenhum plano pensando em demissões.
Sou positivo quanto a isso. E vimos a necessidade de abrir mais agências do que temos hoje. O histórico do Santander é de crescimento também com o Real", disse.O grupo Santander divulgou nesta terça-feira, na Espanha, lucro líquido de 2,206 bilhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 22% na comparação com o mesmo período do ano passado.Ferreira comemorou o resultado do grupo no mundo e o fato de ter passado imune à crise financeira, originada pela crise de crédito hipotecário de alto risco ("subprime") dos Estados Unidos, que levou vários bancos a registrarem prejuízo neste início de ano."É o maior lucro divulgado até então por bancos americanos e europeus, pelo que vi. (...) A maior prova que o banco não tem "subprime" é o aumento do lucro.
O grupo teve crescimento com foco na receita de cliente e controle de gastos", explicou.Do lucro total, a América Latina representou 32%, a Europa Continental, 54%, e o Reino Unido, 14%. A distribuição não incluiu a incorporação do Banco Real. O lucro no Brasil, seguindo as regras contábeis européias, foi 33% maior no primeiro trimestre deste ano, a US$ 393 milhões e representa 12% do total do grupo.Considerando as peculiaridades contábeis e da operação no Brasil, no entanto, o lucro líquido do Santander caiu 31%, para R$ 388 milhões, ante R$ 559 milhões nos três primeiros meses de 2007.
O principal impacto negativo, segundo Ferreira, foi da margem de não clientes, que caiu 45% no primeiro trimestre deste ano, aos R$ 410 milhões."A margem de não clientes é resultado de atividades que o banco tem, posições com o mercado, como hedge e tesouraria. Este primeiro trimestre não foi ruim. É que o primeiro trimestre do ano passado foi muito bom", disse. "A posição estava favorável no primeiro trimestre de 2007 com queda da taxa de juros. Mas, neste ano, não. Mas o resultado negativo em não clientes não é uma tendência."
Mercados e Ações
terça-feira, 15 de julho de 2008
Santander espera para agosto desvinculação entre Real e ABN
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